A Mentira do Empreender de Qualquer Jeito

Quando comecei meu primeiro negócio, ouvi de algumas pessoas para ir tentar – o famoso “tá
afim, vai lá e faz”. A animação foi extraordinária, motivação e execução direta. 6 meses depois,
quase quebrei. Só não quebrei, porque estava realmente decidido a ser empreendedor.

Após alguns anos empreendendo, já com mais de um negócio, comecei a compreender o que
havia acontecido naqueles seis meses. Não havia planejado nada, não sabia o tamanho do
mercado, quem era meu público-alvo, tampouco tinha reserva técnica de dinheiro (capital de
giro).

Só tinha conhecimento técnico em viabilidade econômica de empreendimentos –
razoavelmente bom, nem preço sabia como funcionava. Cometi o erro que muitos cometem
hoje: tinha conhecimento técnico para serviços, mas não o entendimento de que problema
ou necessidade ele resolvia, para assim definir quem precisava dele.

Até que conheci os Modelos de Negócios

Muitos especialistas naquela época falavam de planos de negócio. Cheguei a estudar um
pouco, mas achei complicado e muito complexo. Foi quando descobri os Modelos de Negócio,
ferramenta que, embora tenha o seu framework muito difundido hoje em dia, sua concepção
é pouco discutida.

Naquele ponto quase quebrado, resolvi desenvolver meu modelo de negócio. Imagina já sem
muitos recursos, erro primário para quem quer empreender, não tinha organizado minha ideia
em um plano básico para execução.

O grande objetivo de um modelo de negócio é organizar sua ideia em um formato específico
que te ajude na execução. Para simplificar o seu entendimento: três partes do modelo de
negócio são as mais importantes para testar se realmente sua ideia tem aderência no
mercado:

      1) Para quem? O para quem está relacionado ao mercado e ao público alvo;
      2) O que ? Define seu produto e proposta de valor;
      3) Quais canais comunicação ? Como comunico a minha proposta de valor ao público-
alvo de forma a atingir o maior número possível de potenciais clientes.

Este tripé coloca seu negócio para funcionar.

Desenhando seu modelo de negócio

Se tiver um público-alvo bem definido, identifique primeiro qual sua dor, problema ou
necessidade, pois não adianta criar um produto ou serviço sem saber se ele gera algum tipo de
valor para alguém. Enfim, não cometa o erro de criar produto para depois identificar mercado
e público-alvo, não inverta esta ordem.

A proposta de valor origina-se do produto, focando no que ele realmente oferece ao público-
alvo, solucionando sua dor, problema ou necessidade. Aqui não se trata de características
técnicas do produto ou serviço, mas do que ele oferece de valor (não preço), como ele ajuda a
solucionar o problema do seu público.

Por último, os canais de comunicação são o elo entre a proposta de valor e o público- alvo. Eles
precisam ter a capacidade de propagar sua mensagem de forma clara e objetiva para que
exista o entendimento de que você tem aquilo que o potencial cliente precisa.

Veja o quanto é importante este tripé, pois, em alguns casos, o público-alvo foi muito bem
definido, o produto soluciona o que ele precisa e, a comunicação é falha, dificultando o
alcance dos resultados. O mesmo ocorre quando você desenvolve um produto e erra no
público-alvo ou vice versa.

Enfim, se tem uma lição que eu posso deixar para você, empreendedor, é: não erre no básico.
Não importa o seu momento, pode ser para iniciar ou melhorar seu negócio, vai lá e monte o
seu tripé.

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